Com a crescente disputa pela atenção dos consumidores e freqüentes questionamentos sobre a credibilidade do que é postulado sobre as marcas nas formas convencionais de propaganda, um meio tem ganhado importância nas táticas de comunicação: a internet.
Vivemos a sociedade da informação. E sem dúvida também a sociedade da propaganda. Diariamente somos impactados por dezenas, centenas de mensagens de anunciantes e produtos buscando apresentar e provar suas virtudes e, assim, conquistar e manter consumidores. Contraditoriamente, em um ambiente de saturação de estímulos a compreensão e o registro pelo consumidor do que é dito nas campanhas publicitárias se torna mais difícil. Os excessos - em quantidade e qualidade – muitas vezes levam o freguês a desconfiar da oferta. Quando a esmola é demais o santo desconfia, não é? Pois bem. Não raro os consumidores desconfiam da propaganda e buscam apoiar suas decisões de compra em experiências e indicações de conhecidos, no que dizem especialistas, em fontes mais “confiáveis” de informação.
O consumidor está cada vez mais participativo, informado e autor de conteúdos midiáticos. E isto graças, sobretudo, à internet, este jovem meio de comunicação, que tem se reinventado e se transformado ao gosto dos usuários. No início, quem navegava pela rede o fazia como mero visitante ou pesquisador. A tal interatividade se dava no máximo com um cliquezinho em resposta a uma enquete aqui, no envio de e-mail ao SAC da empresa ali, e situações do gênero. Agora são outros quinhentos. Ou melhor, são outros dois. Dois ponto zero. A atual versão da rede ganhou o nome de Web 2.0 para marcar uma nova fase, a das mídias sociais. Os internautas se encontram em redes como Orkut, Facebook e congêneres, onde ao participarem das chamadas comunidades, assumem gostos comuns e dividem opiniões acerca de infinitos temas. Publicam blogs próprios ou comentam os alheios, seguem e são seguidos no Twitter. Postam fotos e vídeos nos flogs e vlogs. Isso tudo sem edição, sem controle, exercitando de forma nunca dantes vista a tão aclamada liberdade de opinião. Em resumo, com o advento de ferramentas de interação de conteúdo, a internet foi transformada em um ambiente de colaboração, em que de forma simples, sem dispor de grande expertise ou ferramental, todos podem ser autores, comentar concordando ou rechaçando o que é dito por outros. Inclusive sobre marcas, produtos e anunciantes.
Pesquisar a opinião de outros internautas acerca de produtos e serviços, visitar o site da empresa para avaliar os detalhes e diferenciais de um produto (sobretudo os de alto valor agregado como carros, computadores, eletrodomésticos e móveis, por exemplo), fazer uma pesquisa nos sites de busca e fóruns virtuais para averiguar indícios sobre a credibilidade de um fornecedor, todas estas são práticas cada vez mais usuais dentro do processo de compra do consumidor moderno.
Por tudo isso, a internet tem se mostrado terreno fértil para a construção (ou destruição!) de marcas. Se hoje o consumidor tende a confiar mais no que diz o vizinho (de casa ou de blog!) sobre uma marca ou produto do que na propaganda em si, a lógica diz que os anunciantes devam buscar com que, neste caldeirão fervilhante de opiniões que é a rede, fale-se bem de suas marcas e produtos. Mas, como fazer isso? Usando as ferramentas disponíveis para interagir de forma inteligente, direta e próxima com os internautas-autores-consumidores, claro. Criando e “patrocinando” blogs, miniblogs, sites e afins com conteúdos relevantes, em informação ou entretenimento, gerando empatia e credibilidade em relação à empresa, suas marcas e seus produtos, também.
No entanto, os esforços possíveis e indicados no mundo virtual de nada valerão se a empresa não atuar com transparência e ética, construindo marcas edificadas sobre valores que possam ser espontaneamente ventilados e confirmados na web. A internet é capaz de expor e corroborar as virtudes e os vícios do mundo real. Vitrine ou vidraça, cabe à empresa cuidar para que suas marcas estejam sempre prontas à exposição e à interação com seus consumidores. A qualquer hora e em qualquer lugar.
Texto escrito a quatro mãos com a sócia-amiga-confidente Juliana Santicioli, publicado na Revista Alto Estilo São Carlos e no blog
2 comentários:
Cara Amanda:
O distinto público consumidor está ficando cada dia mais esperto, isso é que é.
E as empresas estão cortando um doze para aprender a lidar com públicos que, além de muito grandes, querem interagir, interagir, interagir.
Interação sempre existiu. Só que antes era muito, muito mais fácil. Problemas com o fornecedor? Botava-se uma ropitcha, tomava-se o bonde e ia-se até a loja ou agência conversar com pessoas, olhos nos olhos. Com direito a cafezinho.
Hoje as empresas acreditam que tudo pode ser resolvido à distância. Tudo o que conseguem é exatamente isso: colocar distância entre elas e o freguês.
No fundo não há propaganda nem tecnologia que dê jeito, enquanto as prioridades do chamado mundo corporativo forem, por ordem decrescente de importância: o bônus do CEO, a remuneração do "board", os "shareholders", a imagem de empresa socialmente responsável, os "colaboradores", o produto ou serviço e, for fim, o cliente.
OI AMANDA,
ESTOU AQUI MORRENDO DE SAUDADES DE VC PREOCUPADA,DE VERDADE VC FAZ PARTE DA MINHA VIDA.QUERO QUE TD FIQUE BEM COM VC COM O THEO O BEBE E O IVAN,VC MERECE O MELHOR DESTA VIDA ,TE ADMIRO MUITO , TORÇO E REZO TODOS OS DIAS PARA QUE PAPAI DO CEU TE ILUMINE E DE FORÇAS PRA SEGUIR NA CAMINHADA PQ HAJA FORÇA,RSRSRSR.UM BEIJO BEM GRANDE E VOLTA LOGO SANKA NÃO É A MESMA SEM VC TE ADOORO MUITO
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