domingo, dezembro 02, 2007

Faltam só alguns dias...




Em contagem regressiva para a chegada do Théo! Tudo marcado para o dia 05 de dezembro. Presente de aniversário com um diazinho de atraso. Mas, que presente! O melhor de todos...

domingo, setembro 02, 2007

Obrigada!

Queridos amigos blogueiros,
Sumida e aparecida, cá estou para agradecer a linda homenagem da Anne no Life... Living... Que foto! E quanto sentimento há ali! As mulheres que já sentiram uma pessoinha se mexendo dentro de si sabem quanta emoção e cumplicidade há nestes momentos. Quem está de fora normalmente fica um pouco incomodado com as impressões de pezinhos, cotovelos, mãozinhas dentro da barriga. Mas, acreditem todos: são as melhores cócegas do mundo...
Saudades de todos!

segunda-feira, julho 30, 2007

Théo


Ando completamente out off line. A vida anda corrida, doida mesmo... Mas, o motivo não é só esse, pois tempo a gente sempre encontra pra fazer o que gosta. Na verdade e sem rodeios e mais delongas, penso que tenho preferido ficar com os pesinhos bem fincados no mundo real para viver suas emoções por inteiro, sem dele me desconectar.

A última semana foi de botar o coração pela boca (e olha que sei que vem coisa muito mais intensa por aí!). Na quinta-feira, após minutos de mãos suando frio e de peito sacudindo rápido de ansiedade, finalmente o anjinho mostrou seu sexo (e toda sua saúde, thanks God!). Exibido, no ultra som não deixou dúvidas: um menino, um moleque, um garotão. Putz! Que bacana! Pensei logo nos meus pais com três mocinhas em casa recebendo a notícia. E não deu outra. Quando dei a notícia, pude ouvir os "fogos de artifício" ao fundo do outro lado da linha .

No sábado, minha mãe completou orgulhosa 60 anos de vida. Deu uma festa para não deixar dúvidas de que tudo ali era motivo para comemoração. Dos seus nove irmãos (todos vivinhos da Silva!), quatro estavam presentes deixando-a só sorrisos. E adivinha quem ganhou o primeiro pedaço de bolo? O neto.

A foto do post mostra o clima deste dia: as tias dando todo seu carinho ao sobrinho que está chegando. Seja bem-vindo, Théo!

segunda-feira, julho 16, 2007

Nas curvas do planalto vejo sonhos



Foto: Na Câmara dos Deputados.

Desde pequenina visito Brasília com alguma frequência. Tenho lá primos e tios queridos que, apesar dos quase mil quilômetros que fisicamente nos separam, têm participado de pertinho de grande parte dos momentos relevantes de minha vida. Depois de alguns anos sem visitar a capital, aproveitando um pedacinho das férias fui até lá dividir com eles alguns centímetros de crescimento de barriga.

Há pouco mais de sete anos estive na cidade pela última vez e agora, um pouco mais madura, olhei para ela com olhos mais agudos. Observei que ali, entre a vastidão plana e o céu que parece poder ser tocado num esticar de braços e mãos, repousam sonhos. A começar pelo de Juscelino, concretizado pelas ondas de Oscar Niemeyer e pelos traços do urbanista Lucio Costa, este o gênio que concebeu o projeto do plano piloto ou da cidade em forma de avião, idealização por muitos creditada equivocadamente a Niemeyer. Vibram também os sonhos daqueles que, na década de 60, em busca de oportunidades ou somente seguindo seu espírito aventureiro ou empreendedor se atreveram a acreditar no potencial da cidade artificialmente plantada no meio do cerrado, que por sua aridez nesta época do ano em muito lembra um deserto.

Lamento que todos estes sonhos e vibrações tenham sido ofuscados e abafados ao longo dos anos pela imagem mais destacada da cidade: a de Ilha da Fantasia. Povoada por homens que deveriam nos governar, mas que insitem em pilotar nosso país na direção definida por alguns poucos sentados na primeira classe, ignorando o destino compactuado com os outros milhões que viajam na mesma nave.

Entre passeios gastronômicos (Brasília tem ótimos bares e restaurantes) e turísticos, fiz pela primeira vez uma visita guiada dentro do Congresso Nacional. No grupo de cerca de 15 pessoas, havia duas crianças. Os olhinhos curiosos vistoriavam tudo e era possível perceber que os pequenos cidadãozinhos iam se inflando de certos entusiasmo e orgulho ao passar pelos salões e corredores que levam aos plenários da câmara e do senado. Enquanto isso, três ou quatro dos adultos do grupo sussurravam um insulto aos políticos da casa a cada esclarecimento da guia, chegando a constranger a eloquente moça. Impossível não comparar as reações e lamentar que, ao longo da vida, a admiração e credulidade sejam apagadas e subsituídas por certa revolta, esta infelizmente bastante justificada. Reconfortante por outro lado compreender que os pequenos por ainda acreditar podem efetivamente contribuir para alguma mudança. No futuro, levarei meu pequenino ou minha pequenina até lá para que ele também se orgulhe e se admire com as curvas da cidade e como eu, deixe Brasília com a sensação de que por tão bela e por embalar tantos sonhos a capital merece que seus pilotos e "hóspedes" sejam muito bem escolhidos. Por nós!

sábado, junho 30, 2007

De volta ao mundo virtual

Depois de quase ter sido engolida por um fim de semestre bastante agitado no "mundo real", retorno ao "mundo virtual" começando a visita aos blogs amigos em ordem alfabética pelo Arguta. Eis que, entre inúmeros posts não vistos, encontro os dois últimos papos do autor em seu bem-frequentadíssimo café, o anterior sobre a revolução das mídias e o último, de carona, uma breve reflexão sobre as dificuldades dos bichinhos humanos em aceitar o virtual como real. E o que ambos possam ter de vice-versa. Este último texto, inspirado no post de uma nova colega blogueira, cujos blog e textos visitei e de cara cataloguei na caixinha dos "blogs de gente bacana e que vale a pena visitar".
Sobre o papo da revolução das mídias, tenho uma opinião diferente daquela sustentada no vídeo “The Media Revolution”. Penso que as mídias, ao invés de em processo de unificação estão, na verdade, no caminho da multiplicação. Sendo esta, ainda, exponencial. A exemplo dos produtos, mais e mais segmentados e especializados, seguindo o que parece o “caminho natural na evolução dos mercados” desde os anos 80. Acredito que TV e rádio, por exemplo, não migrarão integralmente para a plataforma da internet, mas sim passarão a co-existir nos dois formatos, numa sofisticando do que já se mostra embrionário hoje. Pelo menos por um longo, longo tempo... O jornal provavelmente não será “virtualizado” por completo, mas seguirá tendo seu conteúdo multiplicado em diferentes suportes. Nota publicada no MM Online em fereveiro deste ano dá provas desta tendência: a Associação Mundial dos Jornais (WAN) afirma ter havido um crescimento de 9,95% na circulação de jornais em todo mundo nos últimos 5 anos e de 2,36% em 12 meses. A despeito da migração ou réplica de conteúdos para a web. Se por um lado, como bem disse a Érica no She-hulk, muitos se apavoram com a perspectiva de uma presença cada vez maior da internet em nosso dia-a-dia, por outro, vejo esta teorização toda, na linha de "as pessoas e as mídias eletrônicas acabarão todas virtualizadas e ligadas à e pela internet" como uma tendência à simplificação, à tal da necessidade de colocarmos tudo em caixinhas a que o Flávio se refere em seu último texto. E quanto menos caixinhas, mais fácil.
"D'après moi", o desafio não é só convivermos com as novidades e com sua forjada virtualidade (afinal, a TV e o telefone não me parecem menos "virtuais" que a net!), mas sim e muito mais com a quantidade delas. Aí, caros, vale uma virtude que passará a constar, creio eu, entre as qualidades invejadas entre homens (e mulheres) modernos e minimamente bem-resolvidos: a seletividade. E uma segunda: a capacidade de se desligar de quando-em-quando de qualquer que seja o mundo, real ou virtual, sem culpa.

domingo, junho 10, 2007

O esperto e o experiente

Recebi esta fábula de um amigo, a quem respeito tanto pela experiência quanto pela juventude de espírito e de alma. Compartilho com os amigos do Sarau.


Uma velha senhora foi para um safári na África e levou seu velho vira-lata com ela. Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta de que estava perdido. Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço.
O cachorro velho pensa:
-"Oh, oh"! Estou mesmo enrascado!
Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cão ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador. Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto :
-Cara, este leopardo estava delicioso ! Será que há outros por aí ? Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueira na direção das árvores.
-Caramba! pensa o leopardo, essa foi por pouco ! O velho vira-lata quase me pega!
Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum... E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção do predador em grande velocidade, e pensa:
-Aí tem coisa!
O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo. O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz:
-"Aí, macaco! Suba nas minhas costas para você ver o que acontece com aquele cachorro abusado!"
Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa:
-E agora, o que é que eu posso fazer?
Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas doídas não o levariam longe...), o cachorro senta, mais uma vez dando costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda não os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz:
-"Cadê o safado daquele macaco? Estou com fome! Eu o mandei buscar outro leopardo para mim! "
Moral da história: não mexa com cachorro velho... idade e habilidade se sobrepõem à juventude e à intriga.

quarta-feira, maio 23, 2007

Quadrilha da saudade

O céu azul-cinza
A garoinha chora
Aos pensamentros rega
As sementes de outrora

domingo, maio 13, 2007

Reflexões no Dia das Mães

Entre merecidas homenagens, palavras e versos elogiosos e carregados de reconhecimento, lamento mas não posso deixar de notar e lembrar as numerosas mulheres em idade fértil sendo preteridas na disputa por postos de trabalho pelo "inconveniente" de uma iminente licença maternidade... Comentar o quanto salta aos olhos a luta de mulheres americanas por uma lei que proteja as lactantes de discriminação no trabalho (vide artigo do Hearst Newspaper entre as manchetes do UOL de hoje)... Recordar as domésticas diaristas que, ofegantes e extenuadas, trabalham até a última semana de gravidez para "garantir" seu sustento durante o curtíssimo período em que ficarão afastadas de seu ganha-pão...
Parece-me que há muito o que corrigir, há muita discussão e mudança a fazer antes que possamos comemorar verdadeiramente esta data.
Sei que os comentários são ácidos e que de uma futura mamãe se esperam um pouco mais de doçura e sensibilidade. Estas estão aqui, intocadas. Mas, as verdades, de tão latentes, superaram minha sincera e explícita vaidade por começar a pertencer a este grupo.
Entendo que o direito à maternidade deveria fazer parte da agenda de responsabilidade social das empresas que nesta filosofia se dizem alicerçadas. Deveria também ser objeto de discussões e sugestões sem fim nesta data. Lamento que ainda não o sejam. Mas planto aqui minha sementinha, esperando que seja compartilhada por muitos.

PS: Por algum desconhecido e incômodo motivo não consegui postar comentários nos blogs amigos hoje. Por isso a ausência.

domingo, maio 06, 2007

Off line, on road



Durante boa parte desta semana estive em visita às Minas Gerais, hospedada numa simpática pousada em Capitólio, às margens do Lago de Furnas. Lugar paradisíaco, como há muito não visitava, circundado de cachoeiras e ofurôs naturais, colinas verdinhas e aromatizadas pelo cheiro reconfortante da terra. Um dos incontáveis recantos turísticos do nosso Brasil, que se faz lembrar "gigante pela própria natureza" nestes locais.
Lá, abraçada pela natureza, eu que ando muito em contato com a minha, senti-me bastante abençoada pelos momentos compartilhados não só com o belo cenário, mas com amigos queridos, compadres com quem pude dividir longas e animadas prosas. De certa forma, vivia também certo luxo por estar ali, de "papo pro ar" em tempos em que ando precisando de empréstimos de tempo no banco de Chronos. Mas, nada como recarregar as baterias e voltar ao dia-a-dia com os olhos e o coração mais limpos e frescos, a mente sã, o corpo idem.
A foto é uma amostra. Dica dada e sustentada!

quinta-feira, abril 26, 2007

Muitos amplexos

Assim como as coisas e os fatos, a palavra, ou melhor dizendo, a linguagem também envelhece, torna-se caduca. Nem feliz, nem infelizmente. Simplesmente. E se alguns vocábulos padecem de uso ao longo do tempo, outros tantos nascem e florescem nos textos do então.
Eu, que por acaso me encontro em estado interessante, ao abrir o diário eletrônico de hoje, dei-me com a seguinte chamada pitoresca sob a editoria Houaiss: "Mande aquele amplexo e depois peça um ósculo". Cá estou a enviá-los virtualmente aos amigos blogueiros e associados.

quinta-feira, abril 19, 2007

Os nostálgicos - Parte III


Inspirada por comentários recentes neste blog (parte I) e no Centauro (parte II), transcrevo texto do Veríssimo sobre coisas que foram e não são mais.

E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confeti virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Bubaloo
O à-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bike
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
(Luiz Fernando Veríssimo)

domingo, abril 15, 2007

Os porcalhões

No caderno Cotidiano da Folha de hoje, chamou-me à atenção o que declarou à reportagem do jornal o senhor Décio Tozzi, arquiteto e professor da FAU, sobre o polêmico projeto Cidade Limpa, o qual proíbe a veiculação de outdoors na capital paulista, entre outras restrições à publidade exterior na cidade. Transcrevo: "Que se danem os publicitários que perderam dinheiro. Isso faz parte da evolução cultural da cidade."

Em primeiro lugar, Tozzi poderia ter sido mais elegante no discurso, sem dúvida. A estética também se externa no uso das palavras e na polidez. Em segundo, não foram os publicitários que perderam dinheiro e sim os empresários do setor e as centenas (se não milhares) de empregados que pagavam suas contas graças ao trabalho em uma indústria absolutamente legal e legítima até 2006. Em terceiro, boa parte da cultura deste país só existe graças à publicidade que, direta ou indiretamente, a financia. Como o jornal ao qual o senhor Tozzi fez tão veemente declaração.

Esta fala infeliz fica como uma prova da visão estreita dos que aconselham o prefeito Kassab em sua cruzada contra os "malvados publicitários" que sujam a cidade. Minha opinião: os verdadeiros porcalhões são outros.

Tenho acompanhado o desenrolar desta novela desde seus capítulos iniciais, chocando-me com o tom radical e definitivo, para não dizer ditatorial, de algumas decisões contempladas na nova lei. Segundo seus defensores, o radicalismo se justifica pois a veiculação de publicidade exterior ilegal havia chegado ao total descontrole. A única solução "possível" seria e foi proibir de vez.

Concordo que São Paulo estivesse precisando de uma faxina. E, concordo não só como alguém que preza a cidade em que nasceu e viveu por anos, mas também como publicitária consciente de que a poluição visual é tão nociva às próprias mensagens, que perdem clareza e efetividade no caos, quanto para a estética da cidade. Mas daí à completa proibição, punindo essencialmente os que trabalhavam dentro da lei e da ordem, há uma distância abissal. E isso feito como foi, sem dar tempo (anos, quero dizer!) de adaptação aos que se lastreavam economicamente em atividades no setor, incluindo trabalhadores e empresários, não me parece nem mesmo razoável. E, se agora a fiscalização existe e multa a publicidade recém-ilegal, por que não o fazia antes, com igual rigor? Foi tomado o caminho mais fácil e mais ruidoso (o que é música para os ouvidos de um político até então desconhecido).

Em minhas visitas a São Paulo já começo a sentir certa nostalgia pelos tempos em que acompanhava a sequência de frontlights na Marginal Pinheiros, em que era apresentada a algum novo produto no caminho para o trabalho, que ria de uma tirada inteligente em alguma placa durante uma interminável e tediosa espera pela luz verde no semáforo... Para alguns só poluição. Para outros, informação e diversão. Para alguns poluição visual, somente. Para outros vitalidade e ritmo urbanos. Ou alguém imagina o Times Square e a Broadway sem seus inúmeros e enormes luminosos? Em resumo, sou partidária do meio termo e do bom senso, mais complicados de serem postos em prática, mas também justos e adequados em igual proporção.

quarta-feira, abril 11, 2007

A novidade

A novidade não chegou de mancinho.
Gritou bem alto desde a folha de papel.
E naquele momento, ou já um pouco antes dele sem avisar, a revolução começou.
Os dois ali, bastante emocionados e confusos, deixaram magicamente de ser o que eram e ganharam novos papéis.
A Páscoa fora cheia dos seus significados: vida, nascimento e renovação.
É... Estamos grávidos! E acabamos de nascer pais.

domingo, abril 08, 2007

Férias-Vacation

Estarei fora do blog pelos próximos 3 dias.
Espero voltar em breve com boas notícias.

I will be out of blog for the next 3 days.
I hope I will be back soon with some good news.

quarta-feira, abril 04, 2007

Filosofando

Seguindo a linha existencialista dos posts da semana e em contraponto à declaração do Flávio Ferrari em sua "Filosofia Polêmica" no Arguta Café, arrisco:

O que será pode mudar o que hoje é.

E, tomando emprestado algo dito por Albert Camus:
"Criar é dar forma ao próprio destino."

terça-feira, abril 03, 2007

Nesta manhã

Sou um misto entre o ser e o estar...

quinta-feira, março 29, 2007

Fatos e Versões


Em minha modestíssima biblioteca particular, tenho um livro de coletânea de frases e citações (adoro-as!) chamado "Farmácia de Pensamentos"(Sonia de Aguiar, Editora Relume Dumará), que deixo sempre bem ao alcance das mãos e dos olhos. Trata-se de um compêndio bastante bem organizado e bem-humorado onde as frases correspondem a prescrições para moléstias e enfermidades da alma, das relações, do mundo. Os títulos homeopatia no Sarau foram inspirados nesta idéia.

Neste livro, colhi duas frases com as quais homenageio os colegas blogueiros, conhecidos e anônimos.

"Primeiro consiga seus fatos e depois pode distorcê-los à vontade"
Mark Twain.

"Se a versão é mais pitoresca do que o fato, conte-se a versão"
Benjamin Disraeli.

Sigamos pois, contando nossas versões dos fatos, após tê-los vivido. Ou não.

sábado, março 24, 2007

Mais do mesmo



Curioso como as pessoas têm rituais próprios de reflexão. Alguns chegam a grandes conclusões durante o sono, outros enquanto tomam banho, alguns fazendo piada, outros blogando. Somos diferentes.
Meu pai sempre defendeu a idéia de que os fumantes tenham liberdade de fazer aquelas pausas durante a jornada de trabalho para "exercitar" seu vício, ainda que num fumódromo. Médico e ex-fumante há cerca de 20 anos dizia e diz ele que é nestes breves momentos de prazer e relaxamento que as fichas caem, os clicks estalam e as soluções para pequenas e grandes questões do trabalho vêm à tona ou, no jargão dos gestores, que contribuições relevantes ao negócio nascem. Alguns dão uma volta, outros bebem café, outros fumam... Logo esclareço que não se trata de uma defesa explícita (nem dele, nem minha) ao tabagismo, mas sim de suporte a algo maior: liberdade.
Pegando carona no post anterior (o qual rendeu numerosos e apaixonados comentários, felizmente), quero dizer que, quase sempre, existem vários certos. O meu, o seu, o dos pais, o da organização, até o de um desafeto. A arte está em fazê-los coexistir em harmonia!

domingo, março 18, 2007

Dois e dois diferente de quatro

Há três semanas, freqüento como ouvinte as aulas da disciplina "Ética e Responsabilidade Social na Engenharia" ministradas pelo professor Carlos Goldenberg no curso de graduação em Engenharia de Produção da EESC-USP (http://www.sel.eesc.usp.br/). Num primeiro olhar, a presença da matéria entre as tantas exatas da grade curricular pode causar estranheza, ainda que como optativa. Mas, de pronto, entendemos que o objetivo das aulas é justamente apresentar um contraponto aos estudantes de perfil mais racional e cético que, grosso modo, povoam as salas de aula deste e dos demais cursos de engenharia. Levar os prováveis futuros gestores das grandes e médias empresas do país (sabidamente, em sua grande maioria engenheiros formados nas chamadas faculdades de primeira linha) a refletir sobre a extensão e relevância dos fatores humanos, éticos e sociais na gestão das organizações.
Tenho para mim que a iniciativa do professor Goldenberg, além de original e bem intencionada, poderia ser alvo de plágios Brasil afora. Para a formação do profissional do ponto de vista ético, como forma de humanizar a prática da gestão, sem negar ou perder de vista as competências necessárias para a consecução das metas de lucratividade e competitividade das empresas. E, no extremo, procurar diminuir a presença ainda tão marcante e numerosa no mundo corporativo de gestores ao estilo "Doutor Pimpolho", popular personagem do rádio paulista que representa de maneira caricata um chefe excessivamente pragmático e de viés autoritário.


Para ilustrar e convidar à reflexão, reproduzo frase de Goethe que sintetiza o tom das aulas e sobre a qual tenho pensado um bocado nos últimos dias:
"O conflito mais difícil de resolver não é entre o certo e o errado... E sim entre o certo e o certo."

terça-feira, março 13, 2007

Breve desabafo

Há momentos em que o mundo parece conspirar
Os deuses sopram na direção contrária do caminhar
Nesses momentos, intensos e ambíguos
Duvidamos de nossa fé, de nossa sorte, de nosso riso

E lembramos de um olhar amigo
De um elogio despretensioso
De um sabor, um odor, uma cor
Que nos pinte a alma e ilumine o dia

segunda-feira, março 05, 2007

Pensamento que ficou do fim de semana



Deve haver um lugar no mundo onde vão parar todas as borrachas, todos os isqueiros, elásticos de cabelo, as chupetas, tampinhas de pen drive e outras preciosidades que perdemos ao longo de nossas vidas. Um "Achados e Perdidos" universal das quinquilharias.


PS: Homenagem à Cassandra, cujos filhos vivem doando suas borrachas e chupetas a este lugar.

domingo, fevereiro 25, 2007

Oito e Oitocentos

Entre ervas e mates, vagens e verdes, em passeio domínico-matinal pelo Mercado Municipal de Piracicaba, flagrei-me pensando na convivência dos extremos e opostos em nossos pós-modernos tempos.
Enquanto alguns compram suas saladinhas prontas e embaladas a vácuo, dispostas em vitrines refrigeradas e pagas com cartões "chipados", outros tantos não abrem mão de meter a mão nos sacos de grãos (como uma certa Amélie de um filme francês), de esmiuçar os maços de folhas em busca daquele mais fresquinho, ou simplesmente, do mais simpático. E ao final, pagar tudo com notas e moedas que já conheceram muitas mãos.
Podemos escolher entre o cheiro do jornal ou o brilho da tela, para a atualização diária do banco de dados pessoal.
As ofertas nos chegam em panfletos que inundam nossos carros, ao mesmo tempo em que giram e pulam frenéticamente em banners e pop-ups.
Pergunto-me, então, qual será o limite dos opostos. Terá sido sempre assim? Ou o homem de tempos pra cá está pensando e criando mais velozmente do que é capaz de usar?
Divagações.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

A Honoré



Caiu a ficha
Amadureci
Como sei?
Apaixonei-me por outras mulheres

Não, não é isso que estás a pensar!
Diferente dantes amo seus enredos
Tenros e agridoces
Cheios de libido e generosidade

Busco-as nos espelhos e vitrines
Persigo seu reflexo
Me encaro

Transcendo o estar
Intento ser
Firmo a identidade
Ilustração: "O Nascimento de Vênus", Sandro Botticelli.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Últimas impressões

ECOBACANAS

Lembram-se dos ecochatos? Pois é. Eles saíram das notícias de rodapé e ganharam as manchetes. E, agora, como os mocinhos, heróis determinados a salvar o planeta, literalmente.
Enfim, combater publicamente o aquecimento global ou defender a sustentabilidade está na moda. Da pauta do World Economic Forum em Davos à ambientação da São Paulo Fashion Week, os temas ligados à preservação do planeta são a bola da vez. Felizmente. Nomes ganham fama mundo afora sob a alcunha de “ecologista”. Vide Al Gore. Confesso que em alguns momentos achei os ecocaras exagerados. Mas, passados quinze anos da Eco 92 entendo que, neste caso, se não bater na mesma tecla repetidas vezes e com força a platéia não ouve. E o pior, se finge de surda.


AEROCHATOS

Com as companhias aéreas costuma ser assim: se está tudo bem, bem. Mas, se algo sai do script, então, o remédio é suco de maracujá em doses cavalares. A aptidão para gerenciar crises, pequenas ou grandes, dos funcionários das aéreas sempre me pareceu bastante débil. Especialmente, dos moços e moças donos dos guichês de check-in e dos balcões das salas de embarque. Em geral, são craques na maquiagem e no penteado, mas muito pouco hábeis em prestar um atendimento aos clientes que vá além das frases ensaiadas. E pior, diante de uma pergunta cuja resposta não consta no manual, costumam perder a classe.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Homeopatia V - lembrete!


"Oportunidade dança com aqueles que já estão no salão."
"Opportunity dances with those already on the dance floor."
H. Jackson Brown

PS: Recebi esta citação de uma querida colega, com quem tive o prazer de trabalhar. Compartilho com os freqüentadores do Sarau, inaugurando os posts de 2007 e propondo um ano de muitos bailes. No bom sentido, claro.

Foto: "Dancing feet", Sally Ehrlich Hoffmann